3 de abril de 2007

Abril

Abril. O ano abriu em abril
como se começasse por um fim
de todos o mais triste.

Abril em nascer insiste
decapitado enfim, desiste
calado, triunfo de maio.

Abril, o acaso como solução
um auto descaso
de quem persiste na solidão.

Abril, ósculo do vento
seca meu caso, a lágrima
devolva-me um sono num raio.

Cabral e Xicão

Um comentário:

Anônimo disse...

CONTRAPONTO

Abril.O ano abriu em abril
como se começasse por um fim
de todos o mais lembrado

Abril em nascer insiste
reciclado enfim, inova
cantado, triunfo da lua nova.

Abril, o acaso como solução
um auto-conhecimento
de quem desiste da solidão.

Abril, ósculo do vento
contrai minha face, o riso
invade minha alma num entardecer.