assim assado
ali alado
aqui aguado
a mim, Amado?
amém
16 de novembro de 2007
6 de novembro de 2007
28 de setembro de 2007
conhecimento
não conheço o filho do vizinho
nem a escola do meu bairro
nem o dono do barzinho
nem o feirante logo ao lado
conheço o apresentador da tv
a atriz da novela
o desenho animado
a modelo na passarela
acho que não me conheço
nem a escola do meu bairro
nem o dono do barzinho
nem o feirante logo ao lado
conheço o apresentador da tv
a atriz da novela
o desenho animado
a modelo na passarela
acho que não me conheço
13 de setembro de 2007
sinto muito
16 de agosto de 2007
"alegria de sofrimento"
(em homenagem às quebradeiras de coco do Maranhão)
entrar-quebrar-coletar-sair
cantar, Maranhão
e quebrar o coco
seco, duro, oco
com calo na mão
é quase um soco
na cara alojado
transforma alegria
em algo penoso
todo santo dia
é na vida nossa
"dificulitosa"
razão de alegria
cantar, Maranhão
e quebrar o coco
faz de tudo um pouco
nosso ganha-pão
único sustento
dessa nossa vida
que faz da alegria
nosso sofrimento
entrar-quebrar-coletar-sair
cantar, Maranhão
e quebrar o coco
seco, duro, oco
com calo na mão
é quase um soco
na cara alojado
transforma alegria
em algo penoso
todo santo dia
é na vida nossa
"dificulitosa"
razão de alegria
cantar, Maranhão
e quebrar o coco
faz de tudo um pouco
nosso ganha-pão
único sustento
dessa nossa vida
que faz da alegria
nosso sofrimento
17 de julho de 2007
outono
duas folhas começaram a cair, dançando um balé desengonçado. quando a primeira tocou o chão, a segunda saiu voando: era uma borboleta.
11 de julho de 2007
23 de junho de 2007
padrão
por que padrão?
padrão é viseira
é algema, escravidão
é maneira de não ver
o que para pensar
dá muita canseira
é norma
que mesmo cumprida
pode ser curta
é regra
e se não cuidar
ela cega
padrão é viseira
é algema, escravidão
é maneira de não ver
o que para pensar
dá muita canseira
é norma
que mesmo cumprida
pode ser curta
é regra
e se não cuidar
ela cega
4 de junho de 2007
Da felicidade
Quantas vezes, em busca de ventura,
procedemos tal e qual o avozinho infeliz:
em vão, por toda parte, os óculos procura,
tendo-os na ponta do nariz.
Mário Quintana
procedemos tal e qual o avozinho infeliz:
em vão, por toda parte, os óculos procura,
tendo-os na ponta do nariz.
Mário Quintana
23 de maio de 2007
4 de abril de 2007
3 de abril de 2007
Abril
Abril. O ano abriu em abril
como se começasse por um fim
de todos o mais triste.
Abril em nascer insiste
decapitado enfim, desiste
calado, triunfo de maio.
Abril, o acaso como solução
um auto descaso
de quem persiste na solidão.
Abril, ósculo do vento
seca meu caso, a lágrima
devolva-me um sono num raio.
Cabral e Xicão
como se começasse por um fim
de todos o mais triste.
Abril em nascer insiste
decapitado enfim, desiste
calado, triunfo de maio.
Abril, o acaso como solução
um auto descaso
de quem persiste na solidão.
Abril, ósculo do vento
seca meu caso, a lágrima
devolva-me um sono num raio.
Cabral e Xicão
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