17 de julho de 2007

outono

duas folhas começaram a cair, dançando um balé desengonçado. quando a primeira tocou o chão, a segunda saiu voando: era uma borboleta.

5 comentários:

Anônimo disse...

A grande borboleta
Leve numa asa a lua
E o sol na outra

E entre as duas a seta

A grande borboleta
Seja completa-
Mente solta

Caetano Veloso

rafael guerche disse...

O que existe de belo em uma borboleta
não são suas diversas e surpreendentes formas e cores
e sua disposição de voar por sobre as folhas e flores.
Mas sim o seu processo de metamorfose
quando encasula-se e decide em que tranformar-se
momento em que deixa de ser uma primitiva lagarta
e encontra um outro sentido,uma outra possibilidade para sua existência.
Depois de sua transmutação a borboleta parte para um ritual não solitário
e ao mesmo tempo revelador e essêncial
onde a presença de outras borboletas reforçam a sua condição de existir
então doa-se inteiramente,experimenta o contato com o outro(também metamorfoseado) e com a vida.
E em meio a esta orgia de cores e asas surge o vento
que as sopra por entre os galhos secos
perdem-se em meio a paisagem e aos outros seres.
Escolhem,transformam e cumprem os seus destinos.

Anônimo disse...

Seria uma daquelas
Curtas poesias
Que causam superpresas
Ou seria apenas
Mais um poema
Que fala sobre a natureza?
De qualquer forma
Foi belo
Seu vôo nesse final.

Anônimo disse...

me lembrei do helio ziskind.
FABULOSO!

Anônimo disse...

VEJA NO MEU BLOG:

Sexta-feira, 14 de Dezembro de 2007
“Sobre as Borboletas”
http://8poesias.blogspot.com/2007/12/sobre-as-borboletas.html

Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2008
“Clima de Outono”
http://8poesias.blogspot.com/2008/01/clima-de-outono.html

ABRAÇO!